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IMAGEM COMENTADA


        BRAZILIAN JOURNAL OF EMERGENCY MEDICINE   VOLUME 02  /  5-6



             Eletrocardiograma em paciente com Tromboembolismo
             Pulmonar




             Jobert Mitson da Silva Santos 1

             1 Escola de Saúde Pública do Ceará - ESP/CE, Preceptor da Residência de Medicina de Emergência - Fortaleza - CE - Brasil.




             To cite this article:  Santos J.M.S. Eletrocardiograma em paciente com Tromboembolismo Pulmonar. Brazilian Journal of
             Emergency Medicine 2022; 2: 5-6.



             Palavras-chave: Eletrocardiografia. Tromboembolia. Medicina de Emergência.


             ELETROCARDIOGRAMA EM PACIENTE COM
             TROMBOEMBOLISMO PULMONAR


             Paciente idoso internado por SRAG por COVID-19
             apresenta piora súbita da dispneia referida na admissão
             e hipoxemia persistente. Foi aumentado oxigenoterapia
             suplementar, solicitada nova tomografia de tórax para
             elucidação diagnóstica e eletrocardiograma. ECG mostrou
             uma FC de aproximadamente 75bpm, ritmo regular e
             sinusal, eixo normal, sem alterações de intervalo PR ou
             QRS. Presença de ondas T negativas em parede anterior
             e inferior. Sem anormalidades de onda P, sem supra ou   Figura 1: Eletrocardiograma.
             infradesnivelamento de ST (Figura 1). Ao se calcular os   Presença de ondas T negativas em parede anterior e
                                                               inferior. Sem anormalidades de onda P, sem supra ou
             escore de Wells obteve-se um valor de zero. Devido   infradesnivelamento de ST
             às alterações eletrocardiográficas e piora da dispneia e
             hipoxemia paciente foi levado para uma angiotomografia   Ferrari em 1997 as ondas T negativas em parede anterior
             de tórax que evidenciou tromboembolismo pulmonar   apresentaram uma boa correlação com tromboembolismo
                                                                        1
             bilateral.                                        pulmonar . No contexto de dor torácica, dispneia, choque
                                                               indeterminado TEP deve ir para o topo do diferencial. Os
             Devido a ausência de instabilidade hemodinâmica optou-  escores de Wells têm como principal limitação a ausência
             se por iniciar anticoagulação plena. O paciente não evoluiu   de parâmetros eletrocardiográficos para auxiliarem na
             com novas intercorrências.                        tomada de decisão.

             No eletrocardiograma nota-se também a ausência    Outros possíveis achados presentes em pacientes com
             de Taquicardia Sinusal e do sinal S1Q3T3, sinais   tromboembolismo pulmonar são: bloqueio de ramo direito,
             frequentemente associados a TEP, mas que não nos permite   baixa voltagem periférica, distúrbios de ritmo como a
             excluir ou confirmar essa patologia. Segundo o estudo de   fibrilação atrial 2








           Correspondence to: Jobert Mitson da Silva Santos
           E-mail: jobertmitson@hotmail.com




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