Page 36 - REBRAME - Revista Brasileira de Medicina de Emergência
P. 36
OPINION ARTICLE
BRAZILIAN JOURNAL OF EMERGENCY MEDICINE VOLUME 01 / 25-31
Conhecimento do público leigo acerca do uso de
desfibriladores externo-automáticos em aeroporto de uma
cidade do sudeste brasileiro
Lay public knowledge on management of automatic external
defibrillators in a southeastern brazilian city’s airport
1
2
3
4
Luiz Ernani Meira Júnior ; Marco Túlio Caldeira Jorge Fialho ; Maria Fernanda Barbosa Silva ; Augusto Veloso Lages ;
Cecília Rebello Faria 5
1 Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc); Irmandade Nossa Senhora das Mercês da Santa Casa de Montes Claros.
2 Médico residente de radiologia na UFMG.
3 Médica residente de pediatria na santa casa de Belo Horizonte.
4 Médico residente em cardiologia na Unicamp.
5 Médica residente do grupo CET GAAP São Paulo.
To cite this article: Meira Júnior LE; Fialho MTCJ; Silva MFB; Lages AV; Faria CR. Conhecimento do público leigo acerca do uso de
desfibriladores externo-automáticos em aeroporto de uma cidade do sudeste brasileiro. Brazilian Journal of Emergency Medicine
2021; 1: 19-23.
RESUMO
Fundamento: As doenças cardiovasculares são responsáveis por um elevado número de óbitos no Brasil. Os
desfibriladores externos automáticos (DEA) são dispositivos com uma capacidade comprovada de reverter grande
parte desses eventos agudos vividos em ambiente extra hospitalar. O conhecimento sobre o suporte básico de vida e
sua correta implementação são fundamentais no desfecho e prognóstico dessas ocorrências. Objetivos: Esse estudo
teve como objetivo analisar o conhecimento e capacidade de identificação do DEA pela população, bem como
caracterizar a amostra quanto a sexo idade e formação acadêmica. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico e
transversal. Os dados foram coletados através de questionário validado, aplicado em aeroporto na cidade de Montes
Claros por entrevistadores treinados. Resultados: Participaram do estudo 384 pessoas, sendo que a maioria da população
entrevistada não conseguiu identificar o DEA (62%), porém foi capaz de descrever a sua função. Apenas 19,5% dos
entrevistados realizaram treinamentos de primeiros socorros nos últimos 5 anos e,uma parcela menos ainda (7,3%),
realizou treinamentos específicos com o DEA. Conclusão: Variáveis como sexo masculino e idade igual ou inferior
a 40 anos foram mais associadas a correta identificação do DEA. Em decorrência do, ainda, escasso conhecimento
sobre o DEA, depreende-se a quantidade de informações acessíveis à população geral é insatisfatória. Desse modo,
estratégias educacionais e informativas devem elaboradas e devidamente disseminadas ao público.
Descritores: Desfibriladores; Reanimação cardiopulmonar; Primeiros socorros.
Correspondence to: Luiz Ernani Meira Junior
E-mail: ernanimeirajr@hotmail.com
25 | REBRAME | REVISTA BRASILEIRA DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA