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BRAZILIAN JOURNAL OF EMERGENCY MEDICINE VOLUME 01 / 25-31

A tabela 2 apresenta os resultados das análises de de Poisson). As variáveis que se mostraram associadas
associação entre características dos entrevistados e a foram: sexo masculino, idade igual ou inferior a 40 anos,
habilidade de reconhecimento do DEA, com Razões de formação na área da saúde e participação em cursos de
Prevalência brutas e ajustadas (após análise de regressão SBV há menos de cinco anos.

Tabela 2. Fatores associados ao reconhecimento do DEA em local de grande fluxo de pessoas; Montes Claros (MG); 2016

Variáveis Reconhecimento do DEA
Sim Não p-valor RP (IC 95%)* RP (IC 95%)*
(n) % (n) % Bruta Ajustada

Sexo 0,013
Masculino 92 63,0 119 50,0 1,40 1,22
(10,7-1,83) (1,06-1,40)
Feminino 54 37,0 119 50,0 1,00
Idade 0,029
≤ 40 anos 98 67,1 133 55,9 1,35 1,21
(1,02-1,79) (1,05-1,39)
> 40 anos 48 32,9 105 44,1 1,00
Área de formação <0,001
Saúde 41 28,1 18 7,6 2,15 1,87
(1,71-2,71) (1,29-2,72)
Outras 105 71,9 220 92,4 1,00
Treinamento SBV* <0,001
Sim 56 38,4 49 20,6 1,65 1,08
(1,29-2,12) (0,88-1,33)
Não 90 61,6 189 79,4 1,00
Tempo de SBV* 0,024
< 5 anos 37 25,3 38 16,0 1,40 1,33 (
(1,06-1,84) 1,04-1,69)
≥ 5 anos 109 74,7 200 84,0 1,00
SBV - Suporte Básico de Vida.

DISCUSSÃO Não foram identificados estudos similares no Brasil, embora
a pesquisa realizada no Sul do país tenha concluído que
O presente trabalho revelou que uma elevada proporção da poucos locais estão realmente adequados para realizar de
população entrevistada não reconhece o DEA e que existem forma correta o atendimento à parada cardiorrespiratória,
ainda muitos equívocos em relação à disponibilidade ou salientando que faltam pessoas habilitadas e que são
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acesso e utilização do dispositivo. Com a aplicação do necessários maiores na área . Os dados são particularmente
mesmo instrumento, um estudo realizado nos Estados relevantes considerando que não parecem existir dúvidas
Unidos revelou que a maioria da população entrevistada sobre os efeitos benéficos da utilização precoce do DEA por
sabia identificar um DEA e mais de dois terços relatavam pessoas leigas 4,5,13 . No Japão, um estudo de base nacional
de forma correta sua função . Na Holanda, outro estudo demonstrou uma associação entre a correta utilização
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apresentou resultados mais próximos ao do presente e disseminação desses dispositivos não somente com a
estudo, apontando que, respectivamente, 47% e 64% da diminuição de mortalidade, mas também com um melhor
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amostra identificaram o DEA e explicaram corretamente prognóstico neurológico dos pacientes . Em outros países a
sua função . Um estudo conduzido em uma cidade do capacitação em atendimento à PCR com uso do DEA tem
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Reino Unido registrou que a maior parte dos entrevistados alcançado até escolares 14,15 .
tinha realizado treinamento em Suporte Básico de Vida e No presente estudo as variáveis que se mostraram
sabia o que era um DEA, entretanto, apenas 26,1% sabia associadas ao reconhecimento do DEA, após análise
como usá-lo, pouco mais de 5% sabia onde localizá- múltipla, foram o sexo masculino, a idade (igual ou inferior
lo em um espaço público e menos de 3% relatou que a 40 anos), área de formação em saúde e o fato de ter
efetivamente utilizaria o dispositivo .
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participado de treinamento de Suporte Básico de Vida
(SBV) há menos de cinco anos. A identificação desses

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