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O etomidato e a quetamina são agente de indução utilizados com frequência durante a IOT no departamento de emergência (DE) em pacientes críticos e com sinais de choque. Mas será que entre eles, existe algum superior?

Pois bem, diversos estudos tem sido realizados no intuito de responder a essa questão. Alguns estudo observacionais recentes relataram que a quetamina pode estar associada mais frequentemente a episódios de hipotensão do que etomidato, porém um grande estudo randomizado e controlado que também comparou as drogas, não mostrou diferença significativa nos efeitos hemodinâmicos agudos entre os dois agentes.

Este artigo é um ensaio clínico randomizado, prospectivo, unicêntrico, realizado num hospital referência em trauma nos Estados Unidos. O desfecho principal avaliado foi a sobrevida no 7° dia. Dentre os desfechos secundários, foi avaliado a sobrevida no 28° dia. Foram randomizados cerca de 801 pacientes, distribuidos aleatoriamente em 2 grupos: etomidato (0,2–0,3 mg/kg, n = 400) ou cetamina (1–2 mg/kg, n = 401) para sedação antes da IOT. A sobrevida no dia 7 para os grupos etomidato e cetamina foram 77,3% e 85,1%, respectivamente. No dia 28, a taxa de sobrevida estimada para braços de etomidato e quetamina foram 64,1% e 66,8%, a diferença não foi estatisticamente signifcativa.

Conclusão do autor: Para o desfecho primário da sobrevida no dia 7, a quetamina mostrou superioridade, em relação à sobrevida no dia 28, não houve diferença significativa entre as drogas.

Referência: (MATCHETT et al., 2021)

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