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A quetamina, devido suas características singulares e versatilidade, é uma droga muito utilizada no DE, pois apresenta início de ação rápido, bom efeito analgésico e anestésico dissociativo. Além disso, também possui alguns efeitos secundários benéficos, como broncodilatação e manutenção do tônus simpático e reflexos das vias aéreas.

O artigo desta semana é um estudo observacional prospectivo, unicêntrico cujo objetivo principal foi de avaliar os efeitos adversos da quetamina durante seu uso na sedação e analgesia procedural. Doses tituladas de quetamina foram administradas em todos os pacientes; variáveis hemodinâmicas e eventos adversos foram registrados em intervalos de tempo. Foram excluídos pacientes gestantes ou com história de doença psiquiátrica e pacientes não consentiram com o estudo.

Resultados: Com total de 151 pacientes avaliados, a idade média foi de 37 ± 15 anos, sendo o sexo masculino 83%. Todos os pacientes obtiveram sedação adequada e alívio da dor. A incidência de reações adversas à quetamina foi maior em jovens (18 a 40 anos) e a reação adversa mais comum foi de hipertensão (44,8%), seguido de vômitos (28,7%) e delírio (4%). Não houve efeito adverso significativo (laringoespasmo ou comprometimento das vias aéreas) em nenhum paciente que necessitou de internação.

Conclusão do autor: A quetamina é um medicamento com boas propriedades analgésicas e sedativas e demonstrou ter um bom perfil de segurança com eventos adversos mínimos para sedação e analgesia procedural no DE.

Referência: (GANESAN et al., 2021)

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