Este é um artigo de revisão sobre terapias de resgate em pacientes com SDRA grave e hipoxemia refratária.
A SDRA grave é uma apresentação clínica caracterizada por índice de oxigenação (IOX: PaO2/FiO2) < 100 e elevada taxa de mortalidade. Embora a falência de múltiplos órgãos seja a causa mais comum de morte na SDRA, estima-se que 10 a 15% das mortes sejam causadas por hipoxemia refratária.
Apesar de ainda não haver uma definição padrão, nesse estudo a hipoxemia refratária foi definida como IOX < 150 com PEEP de 5 cm H2O ou maior com parâmetros protetores de ventilação mecânica (VM), uma vez que a maior parte das intervenções de resgate em pacientes com SDRA se concentra nesse grupo de pacientes.
As terapias de resgate são o foco dessa revisão, onde são analisadas as evidências, benefícios, riscos e desvantagens de cada uma das terapias mais comumente utilizadas. O artigo aborda com detalhes as seguintes terapias de resgate: posição prona, bloqueio neuromuscular, manobras de recrutamento e PEEP elevada, modos de ventilação não convencionais, terapia de vasodilatção pulmonar e ECMO (membrana de oxigenação extra-corpórea).
Recentemente, durante a pandemia por COVID-19, tivemos a oportunidade de atender com maior frequência apresentações clínicas graves cursando com hipoxemia refratária, certamente você deve ter feito ou visto alguma dessas terapias citadas no artigo.
Referência: (CHERIAN et al., 2018)
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