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A intubação traqueal é um procedimento frequentemente realizado no Departamento de Emergência em pacientes com estado crítico. Por causa disso, existe o potencial de complicações como hipoxemia, hipotensão, arritmias, aspiração e parada cardíaca. A oxigenação apnéica é um conceito explorado pela primeira vez há décadas na literatura anestésica e, mais recentemente, ganhou aceitação na Emergência. Estudos em sala de cirurgia mostram que o fornecimento de oxigênio por meio do uso de cânula nasal durante períodos de apnéia atrasa significativamente o início da dessaturação de oxigênio.

Este artigo é um estudo observacional unicêntrico que buscou determinar o efeito da oxigenação apneica no sucesso da primeira passagem sem hipoxemia em pacientes adultos submetidos à intubação de sequência rápida (ISR) no departamento de emergência (DE). Durante o período do estudo de 2 anos, cerca de 635 pacientes preencheram os critérios de inclusão. Destes, 380 (59,8%) utilizaram a oxigenação apneica e 255 (40,2%) não utilizaram. O uso da oxigenação apneica foi associado com uma chance aumentada de sucesso na primeira passagem sem ocorrência de hipoxemia.

Conclusão do autor: O uso de oxigenação apneica durante a ISR foi associado a um aumento significativo no sucesso da primeira passagem sem ocorrência de hipoxemia.

Referência: (SAKLES et al., 2016)

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