Complicações hemorrágicas são um risco incomum, mas potencialmente significativo, durante o implante de um cateter venoso central(CVC). A trombocitopenia está associada a um aumento de complicações hemorrágicas, mas não há evidências de boa qualidade mostrando que as transfusões profiláticas de plaquetas diminuem esse risco. Estudos anteriores foram retrospectivos e as atuais diretrizes da sociedade têm limites diferentes (20.000 – 50.000) para transfusões profiláticas. Apesar de ser uma prática comum, a necessidade de transfusões profiláticas de rotina está sendo questionada.

Este artigo é um ensaio clínico, multicêntrico, randomizado e controlado, realizado em 10 hospitais na Holanda de fevereiro de 2016 a março de 2022. A questão clínica do artigo foi: Não transfundir plaquetas é não inferior à transfusão profilática de plaquetas em pacientes com trombocitopenia (10.000 – 50.000) submetidos à colocação de cateter venoso central guiado por ultrassom?

Conclusão do autor: Em pacientes com trombocitopenia grave, descobrimos que a suspensão da transfusão profilática de plaquetas antes da colocação do CVC naqueles com contagem de plaquetas de 10.000 a 50.000 não atingiu a margem predefinida para não inferioridade e resultou em mais sangramento relacionado ao CVC do que transfusão profilática de plaquetas.

Referência: van Baarle FLF et al., 2023.