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A cada ano milhares de pessoas sofrem um infarto agudo do miocárdio. Historicamente, o tratamento tradicional para um infarto agudo do miocárdio incluia morfina, oxigênio, nitrato e aspirina, com intervenções como a intervenção coronária percutânea proporcionando um manejo mais definitivo.

Existem poucos dados de estudos antigos que apoiam o uso de oxigênio no IAM. Além disso, estudos recentes sugerem que a hiperóxia resulta em danos ao paciente, podendo causar vasoconstrição coronariana e aumentando o estresse oxidativo.

Este artigo é um ensaio clínico randomizado, não cego e baseado em registros. A questão clínica do artigo foi: existe um benefício de mortalidade para a oxigenoterapia de rotina em pacientes com suspeita de IAM que não são hipoxêmicos no início do estudo? A população estudada foi de adultos (>30 anos) com sintomas sugestivos de síndrome coronariana aguda e saturação de o2 >90%. O grupo intervenção recebeu oxigênio suplementar a 6L/min e o grupo controle ficou em ar ambiente. O desfecho primário foi morte por qualquer causa em um ano.

Conclusão do autor: O uso rotineiro de oxigênio suplementar em pacientes com suspeita de infarto do miocárdio que não apresentavam hipoxemia não reduziu a mortalidade por todas as causas em 1 ano.

Referência: Hofmann R et al, 2017.

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